bate-boca saudável

Longe de mim criar um blog para impor opiniões, doutrinas e ideologias. É fato que quem escreve sobre assuntos polêmicos deve assumir uma posição e defendê-la arduamente, considerando as contra-argumentações recebidas como fonte de repertório e não de possíveis desavenças. Todos que se interessarem são bem-vindos

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Quero festa, alegria, diversão e não carnaval.

Até tem como ficar parado resmungando, reclamando, criticando; no entanto, o que da vontade mesmo é de sair na gandaia, cair na folia e aproveitar tudo que a data tem de especial. Lógico que o carnaval nos propicia tudo isso; evoca festas tradicionais, promove o desapego às diferenças socias, além de fornecer forte energia vital ao ambiente.Porém, os tempos mudaram e o carnaval, infelizmente, também. Tava perfeito já, era aquilo mesmo que se deve propagar : amizade, solidariedade, paixão; tudo envolvido por uma forte confraternização. A droga é esse modernismo excessivo; entorpece todos, desde os organizadores do evento até os participantes. Que deixem as mulheres peladas para as revistas e programas televisivos ( já que não tem mais como evitar ); as "celebridades" midiaticas que fiquem atrás das telinhas, pois essa festa é do povo ( mesmo que esse não tenha consciência disso; até porque só se dão conta tarde ). Quero as fantasias, o folclore, as danças. O mundo inteligível pede; a cultura implora.

4 comentários:

  1. Acho que é p/ combinar com o carnaval que é esse país, infelizmente =/...

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  2. Guilherme,
    Vc pode criticar, resmungar e cair na gandaia. Eu faço isso, amo carnaval (sou baiana), mas não esqueço nunca o outro lado que minha cidade tem.
    O Governo do Estado sempre faz uma propaganda sobre a democracia do carnaval de Salvador, que todos podem ir para as ruas, curtir e dançar. No entanto, eles esquecem de dizer que qdo está perto do carnaval eles fazem uma limpeza social, as pessoas que moram nas ruas somem numa simples "mágica", eles colocam palcos nos bairros "periféricos", para que a população "preta" e pobre não vá pular o carnaval nos circuitos oficias (sob o argumento de que, quem não pode ir ao circuito oficial pode pular no seu próprio bairro), é mais ou menos isso que acontece por aqui.
    A diferença social no carnaval é gritante, camarotes e blocos (para quem tem dinheiro) e pipoca quem não tem, fora as pessoas que trabalham por lá, enquanto milhares de pessoas pulam, dançam e bebem, tem sempre alguém catando latinha, vendendo um churrasquinho e bebidas para sustentar a família.
    Embora o carnaval tenha seus aspectos negativos, e eu sabia de todos eles (não daria pra falar sobre todos), não deixo de gostar da festa. É encantador como milhares de pessoas cantam, dançam e se divertem (mesmo com seus problemas), ver o olodum, filhos de gandhy, os blocos afros (é lindo, é cultura, é um momento de afirmação).
    Aí vai um trecho de uma música que eu gosto, ela é sempre cantada no carnaval, não tem como não se arrepiar e se emocionar um pouco:
    "Eu vou, atrás do trio elétrico vou
    Dançar ao negro toque do agogô
    Curtindo minha baianidade nagô ô ô ô ô
    Eu queria, que essa fantasia fosse eterna
    Quem sabe um dia a paz vence a guerra e viver será só festejar"

    Bjo!

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  3. Poisé... vai ver falta um pouco de consciência mesclada com essa alegria e euforia toda. Talvez falte um pouco de educação ( não científica, mas , dessa vez, moral e ética) que o povo não quer aprender ( ou o governo não deixa?!).

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  4. Rossini, muita gente pensa igual. Eu também acho que a coisa descambou, não há dúvidas. Só vejo uma vantagem: os carnavalescos do Rio de Janeiro, das Escolas de Samba, conseguiram fazer do atual carnaval o maior show do mundo. Só brasileiro, com samba no pé e esta alegria tropical conseguiria fazer um espetáculo de tal grandeza e com tanta alegria. Basta vermos outros carnavais para se chegar a esta conclusão. Serve como show. O resto é aquilo que se vê.

    Bjs
    Tais luso

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