bate-boca saudável

Longe de mim criar um blog para impor opiniões, doutrinas e ideologias. É fato que quem escreve sobre assuntos polêmicos deve assumir uma posição e defendê-la arduamente, considerando as contra-argumentações recebidas como fonte de repertório e não de possíveis desavenças. Todos que se interessarem são bem-vindos

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Edições ilimitadas.


Ninguem nunca se viu longe das tais estórias românticas. Antes mesmo de qualquer escrita ser inventada, estórias foram contadas e recontadas diversas vezes. Algumas até chegam até nós; poucas, hoje a tecnologia tenta erradicar algumas dessas tradições - e consegue. Mesmo antes do romantismo, os folhetins já existiam, mais elitizados , por certo. E hoje, depois da tal escola literária ter popularizado os textos, esses romances são muito atuais. O meu foco é esse. O principal representante dessa literatura : as novelas. Ah, mas nada como José de Alencar, Byron, Goethe, né? Claro que não. Elas só "tentam" representar; mas a platéia ainda aplaude. Daí a causa do artigo. Nenhum problema em se ler, assistir uma ficção; pelo contrário, às vezes é bom se desvincular um pouco da turbulencia cotidiana. Mas quando se sabe que o que está lendo vive no imaginário; tem vida na alma e tudo aquilo que há de mais intrínseco. No entanto, a novela não corrobora com essa linha de pensamento. Nem se disfarça mais o verdadeiro objetivo das telenovelas : propaganda. Por vezes, mais explícito, como a merchandising. Noutras, as estórias mirabolantes, fantasiosas e ilusórias acontecem na "vida real"; ou melhor, distorce-se a realidade para que elas se encaixem. Quem não consegue dividir o céu da terra e entra nessa viagem só encontra decepção. Não é saudável ; não se faz um passeio em meio ao coração e a mente; mas tenta-se se encarnar as realezas nas torres de marfim. Objetivo: alienar as pessoas dos problemas que convivem; e quando se cae na real, o tombo é mais doído. Bem mais. Deixa marcas; mas o povo não quer parar de se drogar. Não se acabam mais - e não vão.

domingo, 24 de janeiro de 2010

A obra.


Construir um país é como fazer uma obra, basicamente. Dentro da minha ignorância, é facil perceber os pilares, armações; enfim, a arquitetura da obra. As máquinas da construção são mais escondidas; ficam nos bastidores - tem menos comprometimento. Por último e não menos importante, os dirigentes. Engravatados ou não, trabalham com o mais abstrato; têm, por certo, a obrigação de garantir a competência, eficácia. Perfeito, esclarecido isso, vamos à questão. Desenvolvimento. O que isso acarreta no social me interessa - e muito. Todas as peripécias das nações refletem na comunidade, só que de forma mais prática. As revoltas do povo, nesse mesmo plano, são intrigantes. As greves sindicais, por exemplo, têm a face marcada por rebeldia nos países desevolvidos. De uma forma geral, os nativos são mais especializados e organizados; mas uma multidão de estrangeiros se oferece por pouco - quase nada. A empresa (máquinas) recorre ao Estado (dirigentes) , e, num acordo bem neo-liberal, varrem os injúriados para debaixo dos escombros. Ruim?! Conhece o Brasil? Então, peguei esse para representar os subdesenvolvidos. No hesmifério norte, os pilares de sustentação têm mais força e acabam passando por cima de alguns valores. Já no hemisfério sul, ao ouvir-se o eco dos discursos eco-românticos, anti-opressores, anti-discriminadores, anti...(?), as estruturas se abalam fortemente. E funciona assim: louva-se as greves, palestras libertárias a fim de salvar o povo da opressão burguesa. As empresas perderam força; o Estado , que tem funções específicas, se confunde com o operariado, tem sua mentalidade - literalmente. Isso prova que rever os conceitos mais básicos de uma construção ajuda a evitar desmoronamentos.